quinta-feira, agosto 21, 2003
O sonho aprendeu a pairar bem alto,
lá onde o sobressalto nem sequer nasceu.
Namorou a trôpega ilusão,
até que, trêfego e desajeitado,
desprendeu-se de seu reino idealizado,
veio pousar tamborilante em minha mão.
Assim, aquecido e aconchegado,
parece que se esqueceu de ir embora.
na hora em que ressona distraído,
eu lhe pingo malemolências ao ouvido,
à sua inquietação eu me sujeito.
Eis que o sonho dorme agora aqui comigo,
seu corpo repousando no meu peito.
[Flora Figueiredo]
lá onde o sobressalto nem sequer nasceu.
Namorou a trôpega ilusão,
até que, trêfego e desajeitado,
desprendeu-se de seu reino idealizado,
veio pousar tamborilante em minha mão.
Assim, aquecido e aconchegado,
parece que se esqueceu de ir embora.
na hora em que ressona distraído,
eu lhe pingo malemolências ao ouvido,
à sua inquietação eu me sujeito.
Eis que o sonho dorme agora aqui comigo,
seu corpo repousando no meu peito.
[Flora Figueiredo]
Ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele que teu olhar flor na janela me faz morrer
Ando tão à flor da pele que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final
Ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele que teu olhar flor na janela me faz morrer
Ando tão à flor da pele que meu desejo se confunde com a vontade de nem ser
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final
Barco sem porto sem rumo, sem vela
Cavalo sem cela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino
Um bandido
Às vezes me preservo, noutras suicido
[oh sim, eu estou tão cansado
mas não prá dizer que eu não acredito mais em você
eu não preciso de muito dinheiro graças a Deus
mas vou tomar aquele velho navio
aquele velho navio]
Um barco sem porto, sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto, um cão sem dono, um menino, um bandido
às vezes me preservo, noutras suicido
[Zeca Baleiro]
Ando tão à flor da pele que teu olhar flor na janela me faz morrer
Ando tão à flor da pele que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final
Ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele que teu olhar flor na janela me faz morrer
Ando tão à flor da pele que meu desejo se confunde com a vontade de nem ser
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final
Barco sem porto sem rumo, sem vela
Cavalo sem cela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino
Um bandido
Às vezes me preservo, noutras suicido
[oh sim, eu estou tão cansado
mas não prá dizer que eu não acredito mais em você
eu não preciso de muito dinheiro graças a Deus
mas vou tomar aquele velho navio
aquele velho navio]
Um barco sem porto, sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto, um cão sem dono, um menino, um bandido
às vezes me preservo, noutras suicido
[Zeca Baleiro]
Não sei...
se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.
[Cora Coralina]
se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.
[Cora Coralina]
Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha da vida,
sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério.
A quatro mãos escrevemos o roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.
[Lya Luft]
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha da vida,
sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério.
A quatro mãos escrevemos o roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.
[Lya Luft]
NOSSOS DESEJOS
(Rose Maura Fleixer)
Os desejos nos revelam além de nós
pois expressam a figura da alma
que se esconde por baixo dos lençóis
Vi no espelho o reflexo da escuridão
estampado em meus olhos
na sombra de minha triste decisão
Desejei um desejo de sombra
sobre uma exitência alheia
desdesejo agora essa vontade
para que eu retome da minha vida a teia
No horizonte do meu ser
procuro a mágica da superação
em silêncio e sem alarde
aprendendo a cada lição
Que sempre reste uma fenda
em cada porão que me encontre
para que o sol penetre
e eu me reencontre
(Rose Maura Fleixer)
Os desejos nos revelam além de nós
pois expressam a figura da alma
que se esconde por baixo dos lençóis
Vi no espelho o reflexo da escuridão
estampado em meus olhos
na sombra de minha triste decisão
Desejei um desejo de sombra
sobre uma exitência alheia
desdesejo agora essa vontade
para que eu retome da minha vida a teia
No horizonte do meu ser
procuro a mágica da superação
em silêncio e sem alarde
aprendendo a cada lição
Que sempre reste uma fenda
em cada porão que me encontre
para que o sol penetre
e eu me reencontre